Redacção sobre a situação política internacional
O texto que se segue foi elaborado por um rapaz de 8 anos quando a professora de Geografia pediu à classe uma redacção sobre a situação política internacional. A escola do primeiro ciclo de Alticães de Baixo encontra-se assim representada numa reunião de rotina o Concelho da ONU e o texto irá ser traduzido para oito línguas e lido na abertura da próxima reunião da Comissão Europeia presidida pelo ex-primeiro ministro de um país pequenino onde toda a gente se queixava de grandes preços (e de outras coisas).
Era uma vez...
Um país muito pequenino onde toda a gente se queixava de grandes preços. E os preços aumentavam sempre!
Depois, uma tempestade enorme inundou as ruas de uma cidade de um outro país aparentemente rico, mas com uma grande dívida externa causada por querer invadir todo o planeta Terra, e interrompeu os circuitos de abastecimento de um óleo preto de rocha que servia para os carros andarem e outras coisas.
E depois, num outro país muito grande e rico, vizinho do país afectado pela calamidade natural, os habitantes também começaram a queixar-se de um aumento exagerado nos preços de tudo!
Nuns países muito quentes, lá loooonge, onde se produzia esse tal óleo especial, de rocha, combustível, umas pessoas começaram a esfregar as mãos de contentes. Porque apesar de toda a gente se queixar de aumentos nos preços, ninguém se atrevia a fazer nada para substituir o lobby do “óleo de rocha”. Então o preço do barril subiu assustadoramente.
Então, os preços todos subiram, os países foram deixando de poder comprar combustível, gradualmente, até que as carroças, os carros a álcool de cana e os carros movidos a energia eléctrica e com painéis solares começaram a deitar abaixo o lobby do combustível preto.
Mas como não tinha havido tempo para aperfeiçoar os carros a energia eléctrica, estes não tinham grande autonomia. O mesmo se passava com os carros com painéis solares, que só podiam sair quando estava sol. Os ambientalistas rapidamente inviabilizaram a comercialização de carros a álcool de cana por causa das emissões dos tubos de escape.
Então, um pouco por todo o mundo as pessoas voltaram a usar os carros de bois e de cavalos, porque eram mais baratos, alimentavam-se quase sozinhos e ainda podiam ajudar numa série de outras tarefas.
Foi assim que começou a dar-se um êxodo urbano nunca antes observado. Em breve teve que ser abafada uma tentativa de especulação relativamente ao preço das ferraduras e do feno, mas nada de muito grave. As raças nativas de gado mais rústicas voltaram a ser valorizadas e fizeram-se chegar aos povos mais necessitados, carroças puxadas por oito Percheron monstruosos carregadas de provisões de arroz geneticamente modificado para produzir nutrientes essenciais e prevenir as mortes por fome e desidratação.
E viveram todos felizes para sempre.
Era uma vez...
Um país muito pequenino onde toda a gente se queixava de grandes preços. E os preços aumentavam sempre!
Depois, uma tempestade enorme inundou as ruas de uma cidade de um outro país aparentemente rico, mas com uma grande dívida externa causada por querer invadir todo o planeta Terra, e interrompeu os circuitos de abastecimento de um óleo preto de rocha que servia para os carros andarem e outras coisas.
E depois, num outro país muito grande e rico, vizinho do país afectado pela calamidade natural, os habitantes também começaram a queixar-se de um aumento exagerado nos preços de tudo!
Nuns países muito quentes, lá loooonge, onde se produzia esse tal óleo especial, de rocha, combustível, umas pessoas começaram a esfregar as mãos de contentes. Porque apesar de toda a gente se queixar de aumentos nos preços, ninguém se atrevia a fazer nada para substituir o lobby do “óleo de rocha”. Então o preço do barril subiu assustadoramente.
Então, os preços todos subiram, os países foram deixando de poder comprar combustível, gradualmente, até que as carroças, os carros a álcool de cana e os carros movidos a energia eléctrica e com painéis solares começaram a deitar abaixo o lobby do combustível preto.
Mas como não tinha havido tempo para aperfeiçoar os carros a energia eléctrica, estes não tinham grande autonomia. O mesmo se passava com os carros com painéis solares, que só podiam sair quando estava sol. Os ambientalistas rapidamente inviabilizaram a comercialização de carros a álcool de cana por causa das emissões dos tubos de escape.
Então, um pouco por todo o mundo as pessoas voltaram a usar os carros de bois e de cavalos, porque eram mais baratos, alimentavam-se quase sozinhos e ainda podiam ajudar numa série de outras tarefas.
Foi assim que começou a dar-se um êxodo urbano nunca antes observado. Em breve teve que ser abafada uma tentativa de especulação relativamente ao preço das ferraduras e do feno, mas nada de muito grave. As raças nativas de gado mais rústicas voltaram a ser valorizadas e fizeram-se chegar aos povos mais necessitados, carroças puxadas por oito Percheron monstruosos carregadas de provisões de arroz geneticamente modificado para produzir nutrientes essenciais e prevenir as mortes por fome e desidratação.
E viveram todos felizes para sempre.