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quinta-feira, setembro 08, 2005

O fenómeno da lingerie

Uma pessoa nasce e passa boa parte do tempo a tentar livrar-se das fraldas sujas e mal-cheirosas. Depois vem a fase em que começa a vestir-se sozinha. O que interessa é o aspecto da capa exterior. As cores, o estilo, as marcas. Em termos de roupa interior, qualquer cueca rota serve. Afinal de contas, quem vai ver? Ninguém! Que disparate! Roupa interior não é para ser vista. Claro. Obvio.

Bolas!! Agora tenho que usar soutiens porque me estão a crescer dolorosamente umas protuberâncias assim perto dos ombros, mais longe da barriga, e tal... Conjunto? Qual conjunto? Um pack de três soutiens cor-de-pele com um pack de 5 cuecas às risquinhas vermelhas, verdes e azuis. Não é para ser visto.

16 anos. Festa. O rapaz giraço da turma. As colegas oferecem um conjunto de lingerie, tecem uns comentários libidinosos e marotos, cheios de segundos sentidos, claro, e de repente comprar peças de roupa interior a condizer já começa a fazer sentido. Vá lá perceber-se por que razão.

23 anos. Ir às compras com o namorado já não é exactamente sinónimo de aquisição de CDs. Pelo menos não exclusivamente. A entrada em lojas especializadas em lingerie passa a fazer parte dos planos que fazem para as duas tardes/noites por semana que passam juntos.

28 e por aí adiante. Colecções nas gavetas. Para várias ocasiões, variações de humor e fantasísticas (passe o neologismo). O armário parece o camarim de uma “drag queen”.

Tudo porque é divertido observar o olhar extasiado de quem desembrulha um presente...