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À nossa, "tchim tchim"!

Aos blogues, à poesia, à beleza dos sentimentos e ao sucesso amoroso e de outras naturezas!!!! 2005 é que vai ser!!!!!!!! Beijocas e até já!

Resposta-música

Today my thoughts go out in English! Ou en Français, si vous préferez... Em latim não, que me esqueci... Que me morreu na língua antes que eu chegasse a este mundo... Inspira-me este parágrafo o herói escossês William Wallace, o tal que expelia bolas de fogo pelo cú... As partidas que a mente nos prega...!

Hoje, como sempre, mesmo antes de te conhecer, os meus pensamentos vão para ti... Que falas a minha língua com sotaque de Marisa Monte:

Amor, I love you!

Sem título (porque hoje não sei escrever)

Hoje não sei escrever...
Tenho tanta coisa para dizer... Melhor ir à janela e gritar ao mundo. Não, não posso.
Hoje não se escoam as ideias. Hoje fico quieta a tentar desatar este nó que se formou no cérebro e que afecta a garganta..
Talvez amanhã.
Hoje não escrevo nada.

Lima

Fruta, casca, gomo, acidez.
Forte.
Caipirinha.
Rio, distância.
Capital!
Metal, corte, ferida, dor...
Lima, mulher.

Requiem para a humanidade...

A terra acordou de um sono profundo para mudar a sua posição de gigante adormecido... Voltou-se de lado levando preso ao ombro o lençol azul oceano que a cobria. Ao regressar ao profundo sono letargico, quando o lençol voltou a poisar sobre o leito revolvido, criou ondas de brisa pesada, como que levantadas por uma corrente de ar! As ondas de lençol-mar vindas da altura do braço do gigante espalharam-se pela almofada de costas orientais de um leito com os pés para ocidente... Varreram-se milhares de vidas... De pequeninos seres desprevenidos... Injusto... Se despertasse e se apercebesse da tragédia que causara, talvez se tornassem pesadelos os seus sonhos de evolução-revolução... Talvez levantasse uma perna e acentasse um pé numa casa esbranquiçada, suja pela pobresa de discernimento dos seus habitantes minúsculos...
Num momento de lucidez que antecipa nova entrega ao sono espera que descansem em paz todos aqueles que caíram.

Distância

A distância maltrata-nos... Por exemplo, quando somos pequenos, num carro, numa viagem interminável em direcção à terra prometida dos avós... Ainda falta muito para chegarmos? Ou quando somos maiores... Só um pouquinho maiores. A distância, em centímetros, que separa um vértice do outro de um qualquer paralelipípedo que terá passado pela cabeça da professora da 4ª classe...
A distância entre um chefe e um empregado... A distância entre colegas de diferentes hierarquias...
A distância que separa o norte e o sul de um país, a distância impiedosamente extensa que é preciso vencer para atravessar a imensidão azul e indiferente de um oceano...
A distância que separa uma palavra de um abraço... A distância maltrata-nos!

Niagara by night (conclusão)

mccoy - uma dor vermelha dela, que vai transformar a escuridão dele. é amor. blah. eu sou louco.

impressão digital - uma sensação de calor...pode estar longe,mas "depressa" se alcança. o que parece escuro Às vezes não é...ha sempre uma luz "viva" ao fundo.

Obrigada, mais uma, vez pela participação... Nunca serão esquecidos! :)

Niagara by night (participação activa!!)

booklover - Gostei muito do teu blog. Passarei mais vezes por este teu cantinho.

Hugo Garcia - Passa-me que estas deitada numa cama e a fazer experiências com a tua máquina digital semi-nova... As três ultimas fotos dizem tudo

mm - Sensação de fuga para um mundo misterioso, desconhecido onde podemos descobrir o que não somos e... que gostariamos de ser!!!

Yurei-san - Agradeces tu as visitas, agradecemos nós a partilha... simples.Querida Lima cheirosa, aproveitando este calor que me vai na alma, aqui deixo estas palavritas que ficam muito aquém do meu sentir.Todo um universo de Alegria, todo bem ao alcance da tua mão (podes usar a mãozinha operada, pois a carga é leve apesar de intensa).

Elvira - Mistério, experiência mística, apocalipse...

Ulisses - passa pela minha cabeça, agora, que as pessoas mentem. e que os mentirosos, são pessoas. passa também a dúvida do tentar. mas já pulei, e estou a cair, feliz e irremediavelmente. são essas as coisas que passam por minha cabeça nessa manhã chuvosa de são paulo. eu acho.

Concha - Passa uma vontade imensa de me perder.

inconfidente - Espectáculo....passa uma vontade enorme de lá estar a ver ao vivo e a core.....

Joana - eu pensava que eras um menino... mas já te chamam de doce... por isso... quer dizer podem tar virados... não sei... ou talvez... entendes-te alguma coisa?! não?! também não era para entender, assim faço as minhas tentativas e venho cá mais vezes para ver se me vais etendendo... (...) Mas era só para deixar uma pista... Talvez o nome "lima" esteja mais associado a rapazes, do que as raparigas, daí eu não ter a certeza do teu sexo lol :x
:P

João - Pelo menos a imagem não deixa ver uma unica parcela do sexo do/da Lima !!! Para ser mais sério : da-me impressão de ver as pernas de um ET do lado direito, junto a uma arvore. Do lado esquerdo vejo uma queda de agua iluminada pelo interior.

doug - a foto foi tirada de fora para dentro em nós... o vermelho do sangue deixa correr todos os medos e receios que se tem ... ao fundo à direita uma placa indicativa de caminho... com tantas opções que faz com que o observador quede-se inerte sem ir a lugar nenhum... e deixe-se esvair em sombras e cansaço...

jm - Lima, gostei francamente da fotografia! Aquele vermelho / sangue misterioso, na moldura do negro... grande tema! Gostava de vê-lo em RAW e amplamente ampliado!

Filipe - Lindo!!! O mistério é lindo!!!

Du - Pois eu imagino uma garrafa de licor... Daqueles que tem algo dentro da garrafa... Como as tequilas com seus vermes e algumas cachaças com galhinhos... A luz de uma vela (que não aparece)... E dois amantes por cima da garrafa a se beijar... Ai, ai...Como é bom sonhar...

Obrigada, amigos, pela vossa participação!!! Desejo a todos um Natal cheio de surpresas agradáveis! :) Até já!

Niagara by night ou exercício de expontaneidade

Paisagem sombria, ou luz soalheira ao fundo?
O que passa pela cabeça do viajante bloguístico neste momento?
Espaço de troca de experimentalismos... Venham daí essas sensações de momento!
Publicação garantida (com a devida referência) em posts próximos das experiências sensoriais de quem quiser deixar neste espaço a sua participação!

Agradece-se a visita! :)

O.V.N.I.

Objecto voador não identificado... E se fosse identificado? E se houvesse umas engenhocas que nos chupassem para dentro delas sem precisarmos de fazer uso dos nossos frágeis membros para subir a bordo?

E se nos levassem a passear por esse mundo... E se tivessem uns terraços que nos permitissem, sem esforços adicionais de subir escadas ou sem precisarmos de depender dos outros para nos podermos deslocar... Que nos permitissem, dizia eu, apanhar esses raios de um sol retemperador e quente... Quais plantas em busca de sustento... Que nos permitissem arrefecer o corpo inchado de cansaço sentindo a brisa fresca a soprar-nos na cara... Só até recuperarmos as forças. Para depois voltarmos ao uso pleno de todos os nossos recursos corporais, de todas as nossas adaptações evolutivas, sim, para que estas não se diluíssem nos meandros da selecção natural/artificial...

!!!!!!!! Bolas! Adormeci!! Tenho que chamar para poder apanhar a boleia paterna até a sala. Já sinto o corpo dorido do peso dos ossos a afundarem-se no colchão há 9 horas...

Noite de Luar

Ele espera-a angustiado... Apertado dentro do seu próprio coração. Sente o pavor de perder.. Mas não é um perder comum... É aquela sensação de perda constante que sentem aqueles que não têm por hábito tomar os outros como garantidos.
Prescruta-a com todos os sentidos alerta, transformados em palavras e suspiros quase inaudíveis. Nunca se esquece de demonstrar o seu amor e sabe que mais não pode fazer para a cativar. Isso desespera-o... Quase. Mas não faz mais nada. Apena faz tudo o que pode...

Ela ama-o! Sinceramente! E ele sabe, porque conseguem por alguma via telepática ou feita de sonhos fazer entender essa mensagem quase química... Feita de moléculas de dedicação. Ela também se desespera. Porque tem as asas partidas e quando finalmente pode conversar com ele e se prepara para voar em devaneios apaixonados de partilhas faladas... Cai num sono profundo tendo apenas tempo para esperar que no dia seguinte consiga pelo menos sentir a presença dele, livre, à sua espera...

Armações

- É um veado!!!!!
- Não senhor!! É um alce!!!!

- Mas os alces não têm armações assim tão ramificadas!! São mais parecidas com pás...
- É verdade, mas os veados não andam dentro de água por entre a vegetação!!!!

- Olá meninos! Estão a ver a foto do tronco de árvore que eu tirei em LongLac?

Natal

Natal é o contrário de latan, que seria a forma mais provavel de um Inglês (seja de que "marca" for) pronunciar a palavra "latão".

Latão pode ser liga impura de diferentes proporções de cobre e zinco. Pode ser caixote do lixo. Pode ser amuleto, tesouro ou cofre para arquivar preciosidades acumuladas ao longo de vários anos de subsistência de uma alma...

Natal de latão, ou latão de natal.

Que as camas feitas da mistura bastarda de zinco e cobre não arrefeçam nestas noites frias, e que o seu ranger não seja o solitário voltar de um sono perturbado por uma ausência...

O latão é lindo!

Artesanato

- É pá! Eram lindos!!! Devias ter visto!!! De um trabalhado tão delicado!!! E podiam ser vistos a olho nú!!! Eram todos diferentes!!! Muito finos, límpidos e de um brilho luminoso e translúcido. Digno do trabalho dos artesãos mais competentes e talentosos!!!!

- Estão a falar dos brincos de filigrana?

- Cristais de neve...

Fotografia técnica

Será possível mostrar numa foto toda a fofura da neve?

Será possível mostrar algo numa representação pictórica, quando nem ao vivo nos apercebemos de que a neve é fofa até a tocarmos pela primeira vez?

Como o corpo de um novo amante... Ou o pêlo de um tigre...

Estranhos costumes

- !!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

- ???? Que foi? Qual e o espanto?

- Pronto, desisto... Para mim tudo isto e muita novidade ao mesmo tempo...

- Mas... Que se passa???

- Achas que estaremos mesmo a salvo num lugar onde as pessoas nao tem acentos nos teclados, tem que desenterrar o carro de debaixo de 30 centimetros de neve, tem que deixar o carro ligado a corrente electrica durante a noite para o liquido do radiador nao congelar e... Calcar botinhas aos caes para que nao congelem as patas na neve...?

- AHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA!!!!!!!!!! Mais do que a salvo! Estaremos a fazer manutencao da nossa sanidade mental: deixa invadir-te pela aprendizagem dos costumes quotidianos de um outro povo. Nunca has-de aborrecer-te, garanto! ;)

Sonho

- Acordaste!! Estas bem?????

- Acordei...?

- Sim... Partiste o pulso, foste operada... Estava a espera que acordasses. Fiquei a velar pelo teu sono ate que a anestesia te voltasse a deixar abrir os olhos...

- ...

- Estas bem...?

- Sim... Pensei que tinha sido tudo um pesadelo... Mas afinal... E um sonho lindissimo... Em que me acordas do sono profundo e anestesiado de um acidente menor... Posso voltar a adormecer sem que te vas embora...?

A fasquia dos 1000!

Olá a todos os meus amigos que me lêm!! :)

Estamos todos de parabéns, passámos a barreira dos 1000 participantes! Fico muito feliz por poder proporcionar bons minutos de leitura a todos os que apreciam o meu estilo e vou fazer os possíveis para continuar a criar novos postas com a mesma frequência com que o tenho vindo a fazer até agora!

Não sei se vai haver fogo de artifício ou não, acho que seria demasiado pretensioso, talvez... ;)

Seja como for, eu já escolhi uma forma excelente de festejar: vou passar a noite à espera de ser chamada para uma operação ao meu lindo pulso partido e assim que passarem 24h sobre a anestesia, vou ver se encontro maneira de ir fazer umas caipirinhas que estou cá com um pressentimento que me vão cair lindamente! ;)

Beijinhos a todos. Fiquem bem! Eu já volto! ;)

Homologias

Os sapatos do dançarino de Flamenco estão para o chão, como os pendentes metálicos estão para as ancas de uma dançarina do ventre.
Ambos marcam o ritmo e acentuam a intensidade do movimento.
Os braços de um, poderiam ser os braços de outra.
A sensualidade?
No coração de quem dança. No orgulho indomavel de um e na escravidão insubmissa de outra...
No espectador?
Fica marcada a ferro de fogo ardente a sensação de se estar a ser seduzido e não saber como resistir...

Retrato

Era o homem mais bonito do mundo.
E tinha medo que lhe tirassem fotografias!
Acreditava que a máquina lhe poderia roubar a alma...

Uma teoria da relatividade

Gosta de ver a neve lá fora a cair... É silenciosa. A chuva tem outra personalidade! Faz-lhe companhia enquanto adormece, porque a pode ouvir bater à janela e no telhado de zinco. Faz um rumor reconfortante. A neve acorda-a de manhã. Com a luz que reflecte!

Sente os pés gelados... Costuma senti-los quentes porque o seu gato adormece todas as noites sobre eles. Há duas noites que o bichano não aparece... Faz-lhe falta. Agora que os gansos voaram para longe e o lago gelou. Nunca se aventurara para longe do pequeno casebre de madeira e telhado de zinco. Sabia pescar e o carteiro trazia-lhe todas as semanas uma provisão de leite, pão e uma folha repleta de palavras escritas pelo seu filho, casado e longe... Tinha a sensação que na semana passada não tinha recebido a visita do carteiro...

Sentiu de repente a fome consumi-la por dentro. Uma angústia vinda do nada invadiu-a e a solidão desabou sobre ela. Sentiu-se pequena, muito pequena. Minúscula. Deixou de poder olhar para a neve, tinha agora um brilho insuportável! A chuva que recomeçara a cair, ensurdecia-a e apavorava-a com o seu rugido atroz no telhado de zinco! Foi esconder-se por baixo da manta de lã e adormeceu de cansaço do esforço de tremer para evitar que o sangue lhe congelasse nas veias...

Acordou com o som das pancadas secas na porta. Sentia os pés quentes. Notou um peso familiar... O gato voltara durante a noite! Levantou-se depressa, as pancadas na porta aumentavam de intensidade. Lá fora a voz do carteiro, que trazia a provisão semanal de leite, pão e palavras do filho.

- Então! Como está? Como passou esta semana? Precisa que lhe traga mais alguma coisa? Já acabou a galinha que lhe trouxe na semana passada?

- Na semana passada...?

- Sim, quando vim cá trazer a carta do seu filho!

- Pensei que... Oh! Abri a porta à solidão, por engano! Os dias custaram-me o dobro a passar! Felizmente deixei a porta aberta e o bichano entrou ontem à noite! Muito obrigada! Até para a semana!

Passou o resto do dia sentada à janela com a lareira acesa e um sorriso na cara, observando a neve a cair lá fora. Gostava muito de ver a neve cair silenciosa, luminosa. Nessa noite adormeceu feliz com o gato aninhado aos pés e o som suave e reconfortante da chuva a bater na janela e no telhado...

Portugueses no panorama científico internacional

A Marta Wilton é uma Senhora! É do meu ano! Fomos colegas na primeira metade do Curso de Biologia (tronco comum), até que cada uma seguiu o seu ramo...

Andou a acarretar o peso das dificuldades e das limitações de um curso dado em condições que não são fáceis, quer para docentes, quer para alunos...
Mas isso que importa!
O que importa é querer!
A Marta quis!
Fiquei muito agradavelmente surpreendida quando encontrei esta notícia!

Nós podemos vingar! É pena que por enquanto não possa ser em Portugal...

Metamorfose

Aceitara um emprego novo. Todos os dias de manhã, pontual, inseria o cartão no relógio de ponto. 09:00 H, marcava o mostrador. Entrava no elevador, ajeitava a gravata, ao espelho. Como se do nó dependesse toda a sua integridade...

Ao fim do dia, o ritual era diferente, mas nem por isso menos religioso. Cada vez lhe atribuiam mais trabalho e como ia sempre ajeitando a gravata, ao longo do dia, ajustando a integridade ao pescoço, como se disso dependessem os outros, nunca deixava nada por fazer.

Uma manhã, que se adivinhava igual às outras, com duas horas de sono, um café e à mesma hora de sempre, ajeitou o nó da pontualidade ao espelho e reparou que em vez de pelos escondidos por trás do colarinho imaculado, tinha penas!

Encerrou-se no escritório atirando-se à sua mesa, prenhe de acumulações de trabalho, fruto dos abusos das chefias... À noite, por volta das 23:45, sozinho no seu escritório, fez uma pausa, desapertou a gravata, abriu a janela e levantou voo na noite escura...

Na manhã seguinte, em cima da mesa de trabalho e da sua progenitura de papel e ofícios, jaziam uma gravata cinzenta e uma generosa deposição de excrementos de coruja...

Ponto da situação

Um dia quis ser líder de um povo
Mas diluiu-se num lamaçal de ideologias fora-de-prazo
e valores amolgados...
Está a dissolver-se...
Ainda se pode ver uma pontinha do sapato
e uma mancha de brilhantina...