Requiem para a humanidade...
A terra acordou de um sono profundo para mudar a sua posição de gigante adormecido... Voltou-se de lado levando preso ao ombro o lençol azul oceano que a cobria. Ao regressar ao profundo sono letargico, quando o lençol voltou a poisar sobre o leito revolvido, criou ondas de brisa pesada, como que levantadas por uma corrente de ar! As ondas de lençol-mar vindas da altura do braço do gigante espalharam-se pela almofada de costas orientais de um leito com os pés para ocidente... Varreram-se milhares de vidas... De pequeninos seres desprevenidos... Injusto... Se despertasse e se apercebesse da tragédia que causara, talvez se tornassem pesadelos os seus sonhos de evolução-revolução... Talvez levantasse uma perna e acentasse um pé numa casa esbranquiçada, suja pela pobresa de discernimento dos seus habitantes minúsculos...
Num momento de lucidez que antecipa nova entrega ao sono espera que descansem em paz todos aqueles que caíram.
Num momento de lucidez que antecipa nova entrega ao sono espera que descansem em paz todos aqueles que caíram.
<< Home