.





Powered by Blogger

Weblog Commenting and Trackback by HaloScan.com

quarta-feira, maio 20, 2009

3 anos depois...

Entrar aqui hoje é como entrar numa casa abandonada. A luz a passar pelas janelas sem portadas, coada pelas teias de aranha e pó. O chão range a cada passo e a respiração faz eco nas paredes velhas.

Será que volto a dar vida a esta casa?

Apetece-me, mas não sei se já consigo.




sábado, maio 27, 2006

Paleta de Cores

Sinto-me “z e n” – dizia ela. Sem saber bem todo o significado da palavra minúscula, sabia que lhe cabia toda a calma e boa disposição do mundo. Toda a comunhão dos seres. O seu e o dele, ali bem perto do seu. Quente e húmido. Sentia-lhe a respiração tépida humedecer-lhe o pescoço nu.

Encontravam-se estendidos na cama. Fitavam ambos o tecto branco, deitados sobre lençóis alvos. Ambos nus. Os corpos unidos por uma força magnética. Procuravam a presença física um do outro como se tivessem receio de se volatilizar em vapores de eternidade. Uma eternidade verde que se escoava pela parede-janela, vinda do jardim de bambu, plantado lá fora. Os olhos a fechar-se. Como se o sentido do tacto se pudesse diluir no branco do tecto, se os mantivessem abertos.

Silêncio.

Um peito eleva-se num suspiro. Uma mão branca desce sobre ele, como que para lhe acalmar o fogo. E desce mais, em direcção a uma barriga nervosa... Volta a subir, como que para deixar respirar o corpo enervado. No peito, querendo dividir-se em duas, decide-se pelo mamilo esquerdo. Mais perto do alcance. Demora-se em tratamentos requintados de pressão diferenciada. A língua segue os dedos. Marota.

Suspiro.

E os dentes? Os dentes provocam todo um arrepio e algumas novas protuberâncias. Centenas e milhares, mesmo. Umas mais elevadas e firmes do que outras. A pele áspera de folículos pilosos inchados. Levanta-se ele. O jogo começou na arena branca. Quer esgrimir outros argumentos de arrepiar.

Risinho.

Sobe mais um peito num suspiro mudo, apertado entre dois seios redondos. A barriga sobe, ao encontro da mão que se passeia suavemente sobre ela que se oferece a toda a superfície palmar. O arrepio não se faz esperar e varre todo o corpo feminino num quase frémito de prazer. E ainda os lábios não tocam a auréola do topo do cone peitoral direito. Branco. Agora ligeiramente ruborizado e enfeitado por uma miríade de pequenas veias azuis.

Gemido.

Quando sai a língua ao encontro de um mamilo, já o corpo é uma entidade independente de um cérebro. Só responde ao estímulo táctil de outro corpo nu e sem peso, cuja superfície quente e confortável a envolve já. As unhas abrem caminho. E pele. As costas amplas rasgam-se em veios de vermelho Sião.

Lá fora o vento sopra furiosamente e o verde vai dando lugar ao sexo.




domingo, março 19, 2006

exercício

Agora, depois da leitura, experimente eScrever um texto parecido mas em que a fatalidade é a vida. E o encontro.

Chega de dramas disfarçados. Vi o melro pela janela. Debaixo de um dilúvio marciano (relativo a Março, claro) sondava o relvado à procura de minhocas. E encontrou. Puxou. Puxou. Arrancou, desfez, correu com um adversário cobiçoso e comeu.

Ri-me. Parou de chover e fez sol. É giro. rs

Também me divirto quando calha observar norte-americanos obesos a lutar pelo tubo do ketchup numa loja de hamburguers, mas o melro é mais limpinho. E bonito.

Até ao próximo!




sábado, fevereiro 25, 2006

...

Eu devia ser poibida de escrever.

Porque sim.

_______________________

Vão lá ler um bocadinho de júlio cortazar, sim? façam o favor.




quinta-feira, fevereiro 09, 2006

Preparativos

Aaahhh... O dashboard do Caipirinhas... Já tinha saudades. Felizmente não mudou nada, se não, suspeito de que já nem o reconheceria.

O teclado é também novo. E o monitor. Ou a tela. Sim, a tela. As cores são vivas e as imagens nítidas. Sem mensagens subliminares. É assim preto no branco. Ou ouro sobre azul. É giro escrever numa superfície branca com o dobro do tamanho daquilo a que se está habituado. O magnetismo é ainda maior. Dá vontade. Aproveitem-se agora das minhas palavras para traçar subliminaridades obscenas. Não me importo. Divirto-me.

Voltou a inspiração para a escrita, os acessórios ficam para 2º plano. Até chegarem as materias-primas. Botões de punho são projecto.

As ferramentas de trabalho estão agora a ser aproveitadas em pleno. O sumo espremido é refrescante, abundante, nutritivo. Optimo. Ficará melhor quando estiver impresso. E publicado.

Beijos, dashboard do Caipirinhas. Publica-me isto por agora que eu volto daqui a pouco. Até já.




terça-feira, janeiro 10, 2006

Ponto da situação

A desvantagem de passar longos períodos de tempo sem escrever, é que esses períodos se tornam cada vez mais longos.

A grande vantagem de passar longos períodos de tempo sem escrever é que o papel branco não parece tão assustador, assim visto de longe e com aproximação rápida em seguida. Ele exerce como que um magnetismo...

Ultimamente tenho-me dedicado a trabalhos manuais e a decifrar códigos de escrita de bits. É irritante ler "errorseguidodeumqualquernúmero" inúmeras vezes, mas depois é quase como fumar um charuto quando se vê as letrinhas e os números a correr no ecrã. Os computadores são loucos...

E depois deste post desinteressante vou ali juntar mais uns vidrinhos coloridos com arames, que ainda tenho que descobrir como se fazem botões de punho.




sexta-feira, dezembro 30, 2005

Hoy!

Andando por aí tropecei de novo aqui. Já andava longe. Noutras paragens. Ainda que de volta ao pedaço de terra espremidinho contra o oceano Atlântico. Adiante.

Inspiração é coisa por demais subjectiva. Bem me podia queixar de falta dela, mas na verdade, se falasse em preguiça estaria a ser bem mais sincera. Adiante.

Desejo a todos umas festas felizes ou pelo menos com o mínimo de melancolia e nostlagia possível. Para aqueles que passam o dia em frente aos tachos e fogões a preparar festins e nem sabem o que é nostalgia, que se divirtam muito! E para os outros também! Eu sim.

Um grande beijo para os amigos que ainda vêm aqui à procura de novidades. Elas aparecerão sempre. Em ritmo irregular, para ser mais surpreendente.

Feliz 2006!