Eu sou romântica. Adoro romãs!

Eu aqui.

Chá sem açúcar,

Carne com mirtilhos

Arroz negro.

O medalhão cintila na obscuridade

e o som da noite tranquiliza.

Tenho dito.

O dia das boas notícias

Costuma dizer-se por aí que uma má notícia nunca vem só.

Costuma dizer-se muita coisa. O costume verbal é um aliado da vida social das pessoas. Pelo menos da grande maioria delas. Se os sociopatas são os que têm por costume não cair em conversas costumeiras eu sou uma pata com sócios. Rá! Trocadilho besta. Até porque induz as pessoas em erro. Mas deixo as pessoas na dúvida. Afinal de contas é divertido ver uma cara de "vou fugir que é louca" estampada no rosto de um ser humano.

Enfim, hoje não paro de receber boas notícias. Como boa portuguesa que sou, tenho que alimentar um pouco do pessimismo natural. Pois. Há que fazer manutenção. Não é trabalho fácil manter um pessimismo bem cuidado.

Depois de ter tido um resultado animador escondido no meio de escombros (quase tropeçava nele sem sequer o ver), depois de ter tido mais umas boas notícias espalhadas pelo dia fora, depois de à hora do chá da noite ter recebido um telefonema para ir levantar um pacote com bolinhos na recepção (querem melhor timing?), tenho que me perguntar:

O que é que está para vir de mau?

Lima preguicou (com cedilha).

Mas volta. Ah, volta! A qualquer momento.

Tal como as tempestades numa baia (com acento) perdida na margem de um lago.

Repentinas e violentas. As tempestades. As limas por vezes nao.