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sexta-feira, agosto 12, 2005

Um dia na cabeça de um hamster

A vida. A vida é irónica. Pode amar-se as planícies mediterrânicas que nunca se viu, mas com que se sonha. Como que um oásis ilusão, redundância mística dos fins de tarde soalheiros. Cheios de melodias de outro mundo, água e generosidade incomodativa... Os outros. Neles reflectimos o nosso gostar abstracto. Como se pudéssemos de muitos fazer um... Ilusão doce. Oásis de sonho, descanso e felicidade efémera. Busca incessante e ilusória. Como as cacatuas albanesas, os pinguins imaginários da Atlântida, os cavalos da Terra do Fogo e os urubus do Árctico... No fim, nós. Sozinhos mesmo quando juntos, por vezes. Realidade amarga. A vida é instinto. A dor não ensina nada. A ironia ameniza a dor. O que é a dor? E o que é a vida? E a ironia?

A vida não é isso. Merda..


A vida não é isso. A vida é uma personagem. Oásis. Ilusão. A vida é um sonho. Uma busca incessante de felicidade efémera. Manutenção. O desespero parece uma miragem. A generosidade quase incomodativa é real. Às vezes. Faz parte de um gostar abstracto. É uma parte de um todo que se tenta dissecar e extrair. Como se pudéssemos de muitos fazer um. A vida é água. Amargura e doçura. Caminhos cruzados. Planícies mediterrânicas. Urubus do Árctico e cacatuas albanesas. Não faz sentido. A vida é uma conversa, um adeus vazio, sem continuidade. Algo inacabado. A vida é solitária. Leva-nos com ela e por vezes temos medo, por vezes não. Por vezes procura calor, por vezes foge-nos... A vida é instinto. A dor não ensina nada. A ironia ameniza a dor. O que é a dor? E o que é a vida? E a ironia? A dor é a ferida aberta pela ironia de quem é descrente na vida...

A vida não é isso. Merda...

(pensamentos do hamster enquanto corre na roda presa à parede da gaiola. Já está em transe, por ver passar as barras horizontais à velocidade dos seus músculos de roedor solitário)