Maverick na televisão
O calor era insuportável. Os tecidos colavam-se aos corpos como pele postiça. À mesma hora resolveram sair de abrigos localizados em diferentes pontos da cidade. Rumaram a um destino comum. Passearam à beira do mar expondo-se à brisa fresca. Passaram despercebidos um ao outro, no meio da multidão que procurava os benefícios da proximidade da água. Regressaram a casa. Cada um à sua, de onde saíram no princípio desta mensagem. Ela esqueceu o calor procurando entre textos e conversas antigas, e fotografias que ele lhe tinha enviado. Ele desfez-se em água numa masturbação violenta. Espasmos ainda a percorrer-lhe todos os músculos. No cérebro, restos de objectos atiçadores da libido. Mais sangue ao centro do que a norte da própria anatomia.
Dirigiram-se ambos para o chuveiro à mesma hora. E a água escoou para o mar.
Nada de especial. Só isto, enquanto Maverick faz batota em 50 cm quadrados de ecrã.
Dirigiram-se ambos para o chuveiro à mesma hora. E a água escoou para o mar.
Nada de especial. Só isto, enquanto Maverick faz batota em 50 cm quadrados de ecrã.
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