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sexta-feira, março 11, 2005

Mustang Sally

Night club. Sexta-feira à noite. Anos 20? Mmmm... Melhor 30. Juntemos mais 30. Ficamos nos 60, pode ser?
As mesas cheias! As empregadas de mesa carregam bandejas com os pedidos. Hoje só se serve bebidas brancas. A combinar com ingrediente à escolha. Os preferidos são as frutas. As margaritas, as cubas livres e os daiquiris viajam do bar para as mesas e pela sala. As caipirinhas são as privilegiadas.
As luzes apagam-se. Acende-se o foco no palco. Rodela branca de luz. Chega o coro. 3 mulheres vestidas de lantejoulas. Saias negras compridas e com longas rachas no tecido, deixando antever a carne da coxa. Entra o vocalista. Óculos escuros e chapéu preto. Jeans, guitarra e... Longas barbas de ébano! Mustang sally.

O público vibra.

A secção de metais reluz. O latão polido propositadamente para a ocasião. As bochechas quase explodem para fazer falar as bocas do saxofone e dos trombones de vara.
Saltam as teclas do piano preto.
3 sorrisos sensuais com promessas de perdição. Um grande sinal negro numa das faces, bem perto do lábio superior, do lado esquerdo. Olhar fatal. Pestanas longas, de breu: ride sally, ride.

Bebe-se o último golo. Acaba o número. Aplausos. Saem as meninas de lantejoulas e ébano, sai o vocalista de óculos escuros. Aplausos. Saem os espectadores. Apaga-se a luz. Fica o Night club. Preto, vazio. Amanhã há mais.