“Tico-tico no fubá" ou como se descobrem coisas novas nas coisas mais antigas
Foi na segunda-feira à noite. Ia eu a caminho da fisioterapia. O meu pai ia a conduzir e ligou o rádio. Uma reportagem sobre uma bienal luso-brasileira, de pintura, a decorrer em São Paulo era intercalada com música popular de ambos os países. Anunciaram uma versão para piano de “Tico-tico no fubá”. Não consegui apreender o nome do intérprete. Na altura não dei grande importância, hoje corro atrás de tal versão e ainda não encontrei. Que pena. Comecei automaticamente a assobiar a melodia. Fui calando o assobio. O espanto tomou o lugar da arrogância de quem pensa que conhece. A negligência votada ao antigo e aparentemente esgotado deu lugar à admiração. Começou por me cair o queixo por causa da dificuldade técnica do ritmo, sobretudo quando transposta a peça para piano. Depois comecei a sentir-me invadida pela curiosidade. Apercebi-me de que nem a letra sabia. Pelo menos sabia que tinha letra. Lembro-me de um antigo “teledisco” da Carmen Miranda com a sua famosa fruteira à cabeça. Sorriso de orelha a orelha e lábios carmim numa televisão a preto e branco.
As surpresas não terminaram aqui. Facilmente descobri a letra neste mundo gigantesco que é a Internet. E apaixonei-me. Sim, apaixonei-me. A música “tico-tico no fubá” passou a ser a minha segunda paixão. A primeira é o namorado. Tenho outras. Romãs, por exemplo. Ou Arsène Lupins equinos. Mas para mim, música rica em termos melódicos e de composição, combinada com letra sobre passarinhos, alimentação e procriação é simplesmente irresistível. Ou por outras palavras, o canto da natureza e da luta constante pela sobrevivência ao seu nível mais fundamental comove-me. É como se fosse uma ode à inocência esquecida. Eu gosto. É simples.
Nota da limA: só tenho pena de não ter podido colocar aqui no site uma versão que encontrei, tocada por uma brass band. Simplesmente irresistível! Se alguém tiver a amabilidade de me explicar como se põe som num blog, eu agradeço e ponho a versão de “tico-tico no fubá” que encontrei. E outros sons que me tocam.
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TICO-TICO NO FUBÁ
Compositores: Eurico Barreiros e Zequinha de Abreu
Um tico-tico só, um tico-tico lá
Já está comendo todo o meu fubá
Olha, seu Nicolau, que o fubá se vai
Pego no meu pica-pau e um tiro sai... coitado
Então eu tenho pena do susto que levou
E uma cuia cheia mais fubá eu dou
Alegre, já voando, piando
Meu fubá, meu fubá, saltando de lá pra cá
[Solo]
Houve um dia lá que ele não voltou
E seu gostoso fubá o vento levou
Triste fiquei, quase chorei
Mas então vi logo depois
Já não era um... mas, sim... dois
Tiveram seu ninho e filhinho depois
Todos agora pulam ali, saltam aqui
Comendo sempre o fubá
Saltando de lá pra cá
[Solo]
Um tico-tico só, um tico-tico lá...
(retirado do site)
As surpresas não terminaram aqui. Facilmente descobri a letra neste mundo gigantesco que é a Internet. E apaixonei-me. Sim, apaixonei-me. A música “tico-tico no fubá” passou a ser a minha segunda paixão. A primeira é o namorado. Tenho outras. Romãs, por exemplo. Ou Arsène Lupins equinos. Mas para mim, música rica em termos melódicos e de composição, combinada com letra sobre passarinhos, alimentação e procriação é simplesmente irresistível. Ou por outras palavras, o canto da natureza e da luta constante pela sobrevivência ao seu nível mais fundamental comove-me. É como se fosse uma ode à inocência esquecida. Eu gosto. É simples.
Nota da limA: só tenho pena de não ter podido colocar aqui no site uma versão que encontrei, tocada por uma brass band. Simplesmente irresistível! Se alguém tiver a amabilidade de me explicar como se põe som num blog, eu agradeço e ponho a versão de “tico-tico no fubá” que encontrei. E outros sons que me tocam.
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TICO-TICO NO FUBÁ
Compositores: Eurico Barreiros e Zequinha de Abreu
Um tico-tico só, um tico-tico lá
Já está comendo todo o meu fubá
Olha, seu Nicolau, que o fubá se vai
Pego no meu pica-pau e um tiro sai... coitado
Então eu tenho pena do susto que levou
E uma cuia cheia mais fubá eu dou
Alegre, já voando, piando
Meu fubá, meu fubá, saltando de lá pra cá
[Solo]
Houve um dia lá que ele não voltou
E seu gostoso fubá o vento levou
Triste fiquei, quase chorei
Mas então vi logo depois
Já não era um... mas, sim... dois
Tiveram seu ninho e filhinho depois
Todos agora pulam ali, saltam aqui
Comendo sempre o fubá
Saltando de lá pra cá
[Solo]
Um tico-tico só, um tico-tico lá...
(retirado do site)
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